Faraó dos Bitcoins é preso por lavagem de dinheiro

  • Faraó dos Bitcoins é indiciado por lavagem de dinheiro
  • Votação de indeferimento da candidatura de Glaidson foi unânime
  • Fraude de Faraó movimentou cifras bilionárias

O Faraó dos Bitcoins, Glaidson Acácio dos Santos, que tentava disputar as eleições de outubro para o cargo de deputado federal, teve seu registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral

A notícia foi dada nesta segunda feira, 12. A candidatura de Glaidson foi impugnada por unanimidade, foram 7 votos a 0.

Após decisão, Faraó dos Bitcoins não poderá concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Sua candidatura foi negada por ser dirigente de um estabelecimento financeiro que é objeto de processo de liquidação.

O desembargador Luiz Paulo Araujo, decidiu acatar o pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral em Agosto.

“Por meio das empresas G.A.S., o impugnado assinava instrumentos particulares com os investidores/clientes, por meio dos quais tomava para si recursos de terceiros e prometia um rendimento mensal, em percentual fixo, calculados sobre o valor disponibilizado pelo cliente e, ainda, a devolução integral da quantia inicialmente aportada por ocasião do fim de vigência do contrato, atuando como empresa de crédito, à margem da lei”, comentou a procuradora regional Eleitoral Neide Cardoso de Oliveira.

Glaidson Acácio dos Santos foi preso na Operação Kryptos. Operação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal, que confirmou a suspeita de pirâmide financeira.

Farao dos bitcoins é preso
 

A PF afirma que a fraude movimentou “cifras bilionárias”.

A defesa de Glaidson argumentou que a atividade comercial do Faraó dos Bitcoins não está listada na legislação eleitoral. Por isso, não teria como ser considerada uma prática criminosa.

Mesmo assim o entendimento da corte seguiu na direção oposta. Para o TRE-RJ, as atividades de Glaidson “comprometem a moral e a ética jurídica”, além de produzir delitos que podem ser considerados crimes financeiros.

“O próprio TSE já reconheceu a ilegibilidade de empresários que tiveram suas atividades equiparadas a empresas financeiras. Foi reconhecida a ilegibilidade a um operador de consórcio, que não é uma instituição financeira”, argumentou o desembargador Luiz Paulo Araujo, relator do processo.

Kátia Junqueira foi a segunda a votar nesta tarde, ela concordou com os argumentos do relator,  e assim votou pelo indeferimento da candidatura de Glaidson.

“Os fatos relatados são graves e comprometem a moral e a ética. (…) Devemos reconhecer as empresas do impugnado como instituições financeiras. Não equiparar esses fatos graves aos crimes contra o sistema financeiro seria como dar um tapa na cara do cidadão e do eleitor”, comentou a desembargadora Katia Junqueira.

Após investigação, Faraó dos Bitcoins foi preso

Glaidson foi preso em agosto de 2021, acusado de de pirâmide financeira. Há ainda outros dois mandados de prisão contra ele, um como mandante de um assassinato e outro pela tentativa do crime.

O faraó foi indiciado no fim de Maio deste ano pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro.

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