Operação Octupus apreende R$ 1,3 milhão de criptomoedas utilizadas na lavagem de dinheiro
- Operação Octopus aprrende millhares de criptomoedas de suspeitos de lavagem de dinheiro
- Crimisos usavam contas em bancos, dinheiro em espécie e carteiras digitais
- Imóveis, veículos, saldos e aplicações de contas correntes e carteiras de criptomoedas dos investigados são bloqueados
R$ 1,3 milhão em criptomoedas foram apreendidos em Ribeirão Preto após a deflagração da Operação Octopus contra vários suspeitos.
A operação tinha o objetivo de desarticular e desestimular a ação criminosa ao atacar suas finanças, envolveu autoridades como Receita Federal, Polícia Federal Gaeco do MPF, que visava combater o crime de descaminho, que consiste no não pagamento de impostos na entrada de produtos no país.
Na operação, 36 pessoas foram presas, sendo 22 de prisão temporária e mais 14 de preventiva. Outros 45 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Mais de 22 bilhões de reais já foram movimentados pela organização criminosa
O MPF afirma que, mais de 22 bilhões de reais foram movimentados pela organização criminosa nos últimos anos. Este é o resultado da Operação Octopus, que queria acabar com a ação criminosa de descaminho de um grupo que atuava desde 2014 no Brasil, ao trazer produtos do Paraguai e sonegar impostos.
“OPERAÇÃO OCTOPUS, QUE INVESTIGA UMA GRANDE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DEDICADA À LAVAGEM DE DINHEIRO E À EVASÃO DE DIVISAS. AS AUTORIDADES CONSTATARAM QUE O GRUPO MOVIMENTOU MAIS DE R$ 22,3 BILHÕES ENTRE O FIM DE 2014 E O INÍCIO DESTE ANO.”
Ribeirão Preto, Guatapará, Jaboticabal, São Paulo, Jardinópolis, São José do Rio Preto, Barretos e Brodowski e Uberlândia (MG) e Foz do Iguaçu (PR), estão entre os municípios alvos da operação.
A 4.ª Vara Federal de Ribeirão Preto tomou a decisão de bloquear os bens imóveis, veículos, saldos e aplicações de contas correntes e carteiras de criptomoedas dos investigados. US$ 250 mil em criptomoedas foram bloqueados em Ribeirão Preto, um total de R$ 1,3 milhão.
Criminosos utilizavam contas do sistema bancário brasileiro
O grupo investigado pela operação Octopus utilizava muitas contas no sistema bancário brasileiro, que eram utilizadas para lavagem de dinheiro. Eles também utilizavam dinheiro em espécie, cédulas sujas e umidas, destacou o MPF.
“Boa parte dos depósitos que essas contas recebiam eram feitos fracionada e sucessivamente em espécie, com notas úmidas e sujas. Transferências bancárias também eram utilizadas, com quantias provenientes de pessoas físicas e jurídicas sem nenhuma relação com as atividades econômicas declaradas pelas empresas. Muitas vezes os recursos eram imediatamente sacados para o pagamento de títulos ou transferidos para corretoras de valores localizadas em regiões de fronteira, que faziam as remessas ilegais ao exterior. Compra de criptomoedas foi outro artifício empregado para a lavagem do dinheiro.”
Os procuradores ainda destacaram que uma organização criminosa de grande porte foi descoberta com essa operação. Além da ajuda na quebra do sigilo bancário e fiscal dos investigados, Gaeco também auxiliou nas investigações
Os criminosos podem pegar de 12 a 38 anos de prisão, se condenados pelos crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, sonegação tributária, evasão de divisas, falsidade ideológica, descaminho e organização criminosa dentre outros apurados ao longo da investigação.
Confira outras notícias:
- Tokens BNB no valor de US$ 590 milhões são transferidos para endereço de lista negra do Tether
- Lendária empresa de videogames faz parceria para lançar versão beta do Sangokushi Taisen
- Polícia apreende parte da fortuna do “Sheik dos Bitcoins” investigado por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas